A Santos Brasil entende a gestão de resíduos como um processo que vai além da simples segregação e descarte correto. A empresa reconhece que os impactos ambientais, sejam positivos ou negativos, resultantes de suas operações são de sua corresponsabilidade. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010), o gerador de resíduos deve esgotar todas as formas de tratamento e beneficiamento antes de considerar o resíduo como rejeito e enviá-lo para aterros sanitários, seja de classe I ou II.

Em resposta a essa responsabilidade, a Santos Brasil tem implementado diversas ações para reduzir a quantidade de resíduos destinada a aterros. Em 2023, a empresa concluiu a construção e iniciou as operações da Central de Resíduos em sua Unidade de Logística em Santos, o que melhorou significativamente a segregação de resíduos e, por consequência, reduziu o volume enviado a aterros.

Além disso, a Santos Brasil investiu em novas formas de beneficiamento, destinando resíduos comerciais para o processo de Combustíveis Derivados de Resíduos Sólidos Urbanos (CDRU). Esse processo transforma resíduos, por meio de seu alto valor calorífico, em combustível para indústrias, como cimenteiras e caldeiras de biomassa.

Resíduos de classe II (não perigosos), como papelão, plástico, sucata ferrosa, vidro e madeira, são encaminhados para reciclagem. Já pneus, baterias, óleos lubrificantes, panos e trapos são tratados por meio da logística reversa. Para resíduos orgânicos alimentares, a empresa implantou biodigestores em unidades com preparo de alimentos, como o Tecon Santos, Tecon Vila do Conde e CLIA Santos, além de expandir essa tecnologia em 2024 para o Centro de Distribuição de São Bernardo do Campo.

Esses biodigestores realizam a decomposição anaeróbica dos resíduos orgânicos, convertendo-os em efluentes que podem ser tratados nas Estações de Tratamento de Efluentes da empresa ou encaminhados para tratamento externo.

Em 2023 a Santos Brasil reduziu o envio de 3.433,45 toneladas de resíduos para aterros sanitários. No entanto, a empresa reconhece que ainda há trabalho a ser feito para alcançar o objetivo de zero resíduos até o final de 2028. Para atingir essa meta, será necessário adotar um sistema de melhoria contínua nas operações e realizar benchmarking para identificar as melhores tecnologias e práticas de gestão de resíduos.