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O projeto de revitalização do Complexo Lagunar de Jacarepaguá (CLJ), localizado na cidade do Rio de Janeiro, abrange as Lagoas de Jacarepaguá, Camorim, Tijuca, Marapendi e o Canal da Joatinga. A circulação hidrodinâmica do CLJ é controlada por três canais, que dificultam as correntes de enchente e vazante da maré, impactando as trocas entre o mar e as bacias interiores. Durante mais de 30 anos, o esgoto não tratado foi lançado diretamente nas lagoas, rios e no oceano, contribuindo para a degradação e o assoreamento do Complexo. Esse assoreamento tem estrangulado os canais de ligação com o mar, alterando a composição das águas e aumentando a proporção de água doce em relação à água do mar. Essa situação resultou em estagnação e desoxigenação da coluna d’água, causando periodicidade na mortandade de peixes e floração de algas tóxicas.
A dragagem do sistema lagunar surge como uma solução para melhorar a circulação hidrodinâmica e aumentar a quantidade de oxigênio na coluna d’água, promovendo a revitalização do ecossistema. A Iguá também iniciou o plantio de mangues nas margens do Complexo para recuperar a vegetação nativa. Durante a fase de operação assistida, a empresa mobilizou a comunidade local em mutirões de limpeza, resultando na coleta de 200 toneladas de lixo.
O projeto CLJ integra diversas medidas de revitalização do ecossistema. A Iguá também visa a universalização do saneamento básico no Rio de Janeiro, impactando positivamente a qualidade dos recursos hídricos e a biota local. Para mensurar os impactos na biodiversidade do CLJ, serão avaliados componentes como água, sedimentos, comunidades hidrobiológicas, répteis, aves e vegetação de mangue, com campanhas de monitoramento ao longo do projeto. A expectativa é que as ações de revitalização aumentem a população de diversas espécies e mitiguem os impactos ambientais causados por atividades humanas nas últimas décadas.
Os benefícios da revitalização do CLJ não serão apenas numéricos, mas gerarão um impacto positivo para o ecossistema e a sociedade, promovendo oportunidades e influenciando construtivamente a comunidade local. Além disso, a Iguá identificou riscos e oportunidades climáticas na região. Com a revitalização do manguezal, o projeto atuará na descarbonização, já que estudos mostram que os manguezais brasileiros podem armazenar até 4,3 vezes mais carbono nos primeiros 100 cm do solo do que outros biomas do país.
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