Brasil Pelo Meio Ambiente

O QUE É

Em 2024, a CBA inaugurou um sistema de processamento de resíduos em sua Refinaria de Alumina utilizando três filtros-prensa. Esse projeto, visa substituir o tradicional método de disposição úmida por um processo de disposição a seco, utilizando de forma inovadora a mesma barragem.
O desenvolvimento do projeto ocorreu ao longo dos últimos 10 anos, passando por estudos aprofundados sobre o empilhamento dos resíduos, remoção e reutilização da água acumulada na barragem e testes com um filtro piloto com capacidade para processar 10 toneladas por hora.
Os filtros-prensa recém-inaugurados possuem capacidade de 110 toneladas por hora e concentram os resíduos antes de sua disposição na barragem do Palmital, localizada em Alumínio (SP), aumentando o teor de sólidos de 45% para 75%. Cada filtro possui 207 placas com dimensão de 2,5m x 2,5m cada, a planta ainda tem 10 compressores e 6 correias para transporte do material prensado. Assim, a disposição de resíduos passa a ser feita a seco, o que torna o sistema ainda mais seguro.
No âmbito ambiental, a tecnologia aumenta a eficiência do tratamento de resíduos, permitindo uma gestão mais eficaz e prolongando a vida útil da barragem em aproximadamente 20 anos. Esta extensão oferece à Companhia mais tempo para planejar e implementar suas estratégias de reutilização dos resíduos em outros processos, evitando a necessidade de impactar uma nova área.
A Empresa tem estudos já patenteados para utilização do material seco como coproduto, como por exemplo para fabricação de cimento pozolânico.
Para viabilizar o empilhamento dos resíduos na barragem atual, foi necessária a remoção de grande parte do volume de líquidos acumulados na mesma, viabilizando a recirculação da água e a recuperação de soda cáustica no processo da Refinaria.
O projeto se alinha com a Estratégia ESG 2030 da CBA, que inclui a meta de zerar a disposição de resíduos em barragens.

Resultados e Objetivos

De 2017 a 2024 mais de 1,8 milhões de metros cúbicos de água (cerca de 720 piscinas olímpicas) e 27 mil toneladas de soda cáustica foram reutilizados, evitando a compra de insumos e deixando mais água disponível para sociedade. Com o início da operação dos filtros, os líquidos removidos dos resíduos continuam sendo reutilizados no processo.

Os filtros prensas entraram em operação ao final do primeiro semestre de 2024 e estão passando por ajustes operacionais para atingir suas capacidades máximas. Com isso, se espera eliminar a disposição do resíduo a úmido, permitindo recirculação total da água e reaproveitamento de soda cáustica. A disposição a seco aumenta a segurança da barragem e evita o impacto em novas áreas para disposição desses resíduos. Além disso, estão em andamento estudos para reaproveitamento em outras indústrias, como por exemplo na construção civil para fabricação de cimento pozolânico.

De 2017 a 2024, mais de 1,8 bilhões de litros de água foram reutilizados para secar a barragem. Anualmente, o volume de 70 milhões de litros será reaproveitado.

Com a eliminação da fração líquida, 70 mil toneladas de material deixarão de ser destinados para barragem anualmente. Com o resíduo seco, a CBA também avança em estudos em escala industrial para reutilização do material para fabricação de cimento pozolânico, com potencial para utilizar 100% do volume gerado, que totaliza cerca de 500 mil toneladas por ano.

Até 2030 a CBA pretende zerar a disposição de resíduos em barragem.

ODS

Certificação Externa

Não

Compromissos internacionais

Compromissos Nacionais

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

MAIS INFORMAÇÕES

Disposição de resíduos a seco

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